A dança contemporânea é um convite à liberdade, à expressão e, acima de tudo, à autenticidade. Para quem se aventura nas aulas de dança contemporânea, o desafio e a recompensa estão em soltar o corpo para que a alma possa dançar sem nenhuma amarra. Ir além da técnica e permitir que a emoção flua através do movimento é o segredo dessa arte, e isso exige um trabalho consciente.
Muitas vezes, a rigidez física e emocional se manifesta na dança. O medo de se expor, a busca pela perfeição ou a autocrítica podem travar o corpo e impedir a fluidez que a dança contemporânea tanto preza. Soltar-se não significa desorganizar o movimento ou abrir mão da técnica, mas sim desconstruir barreiras internas para que o corpo se torne um canal flexível à intenção e à emoção.
O que significa “se expressar sem medo” na dança contemporânea?
A ideia de “soltar o corpo” na dança contemporânea não é sobre abandonar a técnica, mas sobre unir a técnica à consciência corporal de forma profunda, permitindo-se expressar sem medo.
Para isso, os segredos são:
- Aprimorar a consciência corporal: conhecer seu próprio corpo, seus limites e suas possibilidades é o primeiro passo. Isso permite que você identifique onde a tensão se acumula e como liberá-la conscientemente.
- Ter fluidez: a dança contemporânea busca transições orgânicas e um fluxo constante de movimento. Soltar o corpo ajuda a eliminar movimentos abruptos e a criar uma linguagem corporal mais conectada.
- Equilíbrio entre cair e levantar: aprender a usar o peso do corpo e a se render à gravidade, caindo e se reerguendo com controle, é fundamental. Isso traz uma qualidade de movimento mais expressiva.
- Respiração consciente: a respiração é o motor da expressão. Integrar a respiração profunda e consciente aos movimentos ajuda a liberar tensões, a sustentar a energia e a intensificar a emoção.
Como soltar o corpo na aula de dança contemporânea?
Uma boa aula de dança contemporânea não se limita a ensinar coreografias. Ela oferece ferramentas e técnicas que promovem essa liberdade corporal e expressiva:
- Exercícios de consciência corporal: aulas que incluem práticas que ajudam a reorganizar padrões de movimento e a liberar tensões crônicas.
- Improvisação guiada: longe de ser aleatória, a improvisação guiada oferece orientações e estruturas para explorar o movimento livremente, permitindo que o corpo descubra novas formas de se mover e se expressar sem a pressão de uma coreografia pré-determinada.
- Trabalho de piso: explorar o movimento em contato com o chão é crucial. Isso ensina a usar a gravidade a seu favor, a rolar, deslizar e se levantar de forma fluida, construindo força e consciência a partir do centro do corpo.
- Música e silêncio: trabalhar com diferentes qualidades musicais e até mesmo com o silêncio incentiva o corpo a responder de maneiras variadas, explorando a nuance e a intensidade da emoção.
Como o teatro pode ajudar a dança contemporânea?
Para realmente se expressar sem medo na dança contemporânea, a parte teatral é um elemento indissociável. É comum a dança contemporânea se inspirar em emoções, e a capacidade de incorporá-las transforma o movimento em uma narrativa autêntica e visceral que hipnotiza qualquer plateia.
O grupo de competição do Studio Sabrina Coelho faz um trabalho orientado por uma professora de teatro. Por enquanto, funciona como uma experiência e, futuramente, pode ser inserido como uma modalidade.
“Sentimos necessidade porque as bailarinas estão apresentando coreografias que precisam de uma maturidade não só corporal, mas também interpretativa”, explica Sabrina. “Assim, elas conseguem transmitir não apenas para os jurados, mas também para o público, a proposta que os coreógrafos e professores querem desenvolver”.
A primeira experiência teatral do Studio foi em 2024 durante a preparação para o espetáculo “Rei Leão: A Lenda de Simba”. “Percebemos o quanto seria importante para o desenvolvimento dos personagens os bailarinos terem esse estudo sobre a proposta de cada um, para eles assumirem esse papel com mais potência”.
A princípio, o processo era mais focado em orientações durante os ensaios, trabalhando questionamentos como “o que você está interpretando?”, “o que o personagem quer transmitir nesse momento?”.
“A professora de teatro provoca o bailarino e faz com que ele pense não apenas na movimentação e na técnica, mas também na intenção daquele movimento. Então, a gente começou a sentir como isso realmente faz diferença no resultado. Uma coisa complementa a outra: a dança e o teatro”.
Após essa experiência, ficou nítido o valor do aperfeiçoamento teatral na dança. Então, desde o início de 2025, a aula de teatro faz parte da agenda semanal do grupo de competição. Atualmente, os bailarinos têm aulas com experiências e dinâmicas que desenvolvem a habilidade de interpretação, que é mais do que trabalhar os personagens dentro de cada coreografia. O que acaba melhorando também a relação do grupo, a interação entre eles fora e em cima dos palcos.
“As aulas têm sido uma vez por semana, com uma hora e meia de duração. Quando há competição, a professora de teatro trabalha especificamente a coreografia que vai ser apresentada. E, fora da agenda de competições, a professora vai desenvolvendo o que ela acha que vai potencializar a expressão das meninas”.
Em maio de 2025, o grupo de competição teve um ótimo resultado no Prêmio Desterro, em Florianópolis. “Mais uma vez, percebemos como a junção da dança e do teatro faz a diferença. Elas competiram com 30 grupos, algumas escolas levaram bailarinos profissionais, e nosso grupo, mesmo com a maioria na categoria juvenil, conseguiu ter a maturidade de colocar o trabalho em cena e apresentar a proposta, conquistando o 2º lugar”.

Habilidades que o teatro potencializa na dança contemporânea
Abaixo, você confere como a parte teatral pode melhorar o seu desempenho nas aulas de dança contemporânea.
- Intenção por trás do movimento: o estudo teatral ensina o bailarino a fazer cada gesto com uma intenção clara. Não é apenas “mover o braço”, mas “alcançar algo”, “rejeitar algo” ou “se proteger”. Essa intenção emocional é o que dá vida ao movimento, destaca o bailarino e torna a coreografia compreensível e impactante para o público.
- Conexão emocional: trabalhar a parte teatral ajuda o bailarino a explorar e acessar um repertório de emoções, canalizando-as para o seu corpo e movimento. Isso gera um desempenho mais profundo, honesto e completo, capaz de tocar profundamente quem assiste.
- Presença cênica: a dança é uma forma de comunicação. O estudo teatral aprimora a presença cênica, a capacidade de preencher o espaço, de se conectar com a plateia e de transmitir a mensagem da coreografia de forma clara e magnética.
- Narrativa corporal: muitas coreografias de dança contemporânea contam histórias e não se resumem apenas a um tema. A parte teatral prepara o bailarino com ferramentas para construir e comunicar essa narrativa através do corpo, transformando movimentos abstratos em uma experiência significativa.
- Liberdade para ser: pode parecer contraditório, mas o estudo teatral pode oferecer ainda mais liberdade. Ao entender como usar o corpo para representar emoções e ideias, o bailarino se sente mais seguro para se entregar e “ser” no palco, eliminando a rigidez da técnica e focando em ser autêntico e se expressar sem medo.
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- Iniciante e avançado;
- Grupo de competição juvenil.
Além das aulas de contemporâneo regulares, participamos de competições em todo o Brasil, realizamos workshops, apresentações e eventos especiais, oferecendo uma experiência completa e imersiva no mundo da dança.
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